Mostrando sua preocupação com a vida, o Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) conta
com a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). Regulamentada
pela Portaria nº 905 de 16 de agosto de 2000, consiste em uma equipe multidisciplinar responsável por
todas as etapas do protocolo de diagnóstico de morte encefálica, manutenção do potencial
doador, entrevista familiar, organização da cirurgia de retirada de órgãos, bem como apoio aos
familiares nesse momento de extrema dor.
Atualmente, a CIHDOTT do HUSFP realiza um trabalho contínuo, focado e permanente, fornecendo orientações
para a comunidade acadêmica e população em geral sobre assuntos relacionados à temática da doação de
órgãos, visto que, no Brasil, de acordo com a legislação atual, é a família quem decide e autoriza a
doação. Por isso, a importância de conversar sobre o assunto e comunicar o desejo de ser doador.
Um único doador pode salvar até oito vidas através da doação de córneas, rins, fígado, pulmões e
coração. Esse dado justifica todos os esforços para esclarecer como funciona o processo de doação
de órgãos e aumentar o número de doadores, assim, diminuindo a angústia e incerteza de quem vive
na lista de espera para receber um órgão.
Para obter mais informações ou esclarecer qualquer dúvida sobre a doação de órgãos, ligue para (53) 2128-8596 e
fale com a enfermeira Viviani A. Mendonça.
Composição da Equipe:
Dr. Michel Georges dos Santos El Halal (Coordenador) | Enfermeiro Rodrigo Santos |
Enfermeira Viviani Aspirot | Pedagoga Nívia Ferreira |
Gestor Administrativo Brenno Eduardo Victória |
Perguntas Frequentes:
É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas...) de uma pessoa doente (RECPTOR) por outro órgão ou tecido normal de um DOADOR, vivo ou morto. O transplante é um tratamento que pode salvar e/ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.
Doador vivo- Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e conjugues podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial. Doador cadáver- São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.
Morte encefálica é a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo. È a morte propriamente dita. No diagnóstico de morte encefálica, primeiro são feitos testes neurológicos clínicos, os quais são repetidos seis horas após. Depois dessas avaliações, é realizado um exame complementar (Eletroencefalograma, Cintilografia ou uma Arteriografia).
Pessoas que necessitem substituir um órgão ou tecido e que já estejam na lista de transplante. Esse procedimento pode salvar e/ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.
Coma é um estado reversível, portanto não pode ser doador. Morte encefálica, como o próprio nome sugere, não é reversível. Uma pessoa somente torna-se potencial doador após o correto diagnostico de morte encefálica e da autorização dos familiares para a retirada dos órgãos.
Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptores. Também é levado em consideração o peso e altura do doador/receptor, além dos critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.
A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnostico que levou à morte clínica e tipo sanguíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta a doação de órgãos a não ser para sorologias positivas e doenças infecciosas ativas.
Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Esse será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doador vivo.
O sistema Nacional de Transplantes é responsável pelo gerenciamento e fiscalização das atividades de captação e distribuição de órgãos e tecidos para transplante no país. Existe uma lista única e a distribuição dos órgãos captados segue uma série de critérios específicos para cada tipo de órgão ou distribuição dos órgãos captados segue uma série de critérios específicos para cada tipo de órgão ou tecido.
A atual legislação prevê que é a família quem assina /decide pela doação, assim o mais importante é avisar a família da intenção de ser doador, pois mesmo que existia um documento indicando a intenção de doar a família não será contestada em caso de negativa. Avisar a sua família é a forma mais segura de garantir que seu desejo seja respeitado.
Você sabia?
• A cada dia pelo menos 10 pessoas, adultos e crianças, entram nessa longa e interminável fila.
• Cerca de 30% das pessoas que esperam por um transplante de fígado, pulmão, coração morre antes
de conseguir um doador.
• Se todos fossem doadores, não existiria fila para receptores de córneas.