O Hospital Universitário São Francisco de Paula sediou, nos dias 16, 17 e 18 de julho, o Workshop de Cirurgia Vídeo Assistida Buco-Maxilo-Facial. O evento, inédito no estado do Rio Grande do Sul, reuniu médicos residentes e cirurgiões com especialidade em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais (CTBMF) e contou com as palestras ministradas pelo professor Titular de Cirurgia Oral e Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia Pestalozzi de Niterói, Prof. Msc. Rafael Seabra.

Além das palestras “Trauma Maxilofacial”, “Cirurgia Ortognática” e “Cirurgia Oral Menor”, os participantes puderam ter acesso a vários instrumentos e aparelhos utilizados neste tipo de especialidade, fornecidos pela empresa Synthes do Brasil. A Synthes, empresa suíça com base no Brasil, apresentou materiais como placas, parafusos e placas DHS, equipamentos utilizados nestes procedimentos.

O evento, promovido pelo Hospital São Francisco de Paula em parceria com a Synthes e com o Curso de Pós Graduação em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), teve como objetivo promover estas novas técnicas utilizando equipamento audiovisual para apresentação de vídeos destes procedimentos durante as palestras. “Este é o primeiro Workshop que realizamos no Rio Grande do Sul e isso tem muita importância, visto que foram apresentadas aqui todas as novas tecnologias dentro desta especialidade”, explicou o Professor do Curso de Pós Graduação em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFPel, Mário Sérgio Pires.

A vídeocirurgia já é uma realidade em várias especialidades médicas, como Cirurgia Geral, Urologia, Ginecologia e Proctologia. “A vídeocirurgia acabou sendo adaptada também para procedimentos de trauma de face como recurso acessório na visualização das fraturas, redução e fixação das mesmas. Com uma fonte de luz via fibra ótica e uma câmera de alta definição, o cirurgião pode visualizar o padrão da fratura e a qualidade da redução das mesmas através de um monitor de tv”, explicou o professor Mário Sérgio.

 Com esse novo recurso, evita-se a análise pós-operatória através de tomografias ou radiografias e reintervenções nos casos em que o resultado obtido não foi satisfatório.


De acordo com o Prof. Mário Sérgio, é necessário que se faça um treinamento específico para este procedimento. “A cirurgia feita com vídeo muda um pouco a perspectiva do cirurgião e, como qualquer técnica, requer aprendizagem dos procedimentos. Por isso esse tipo de evento é tão importante” salienta.