O Setembro Verde 2019 encerra nesta segunda-feira (30) com saldo positivo no Hospital São Francisco de Paula. A Campanha Nacional visa conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e incentivar o debate sobre transplante de órgãos. Pelas atividades realizadas em 2018 a Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul certificou o HU como Hospital Incentivador da Vida, reconhecendo e homenageando o expressivo trabalho realizado pela instituição no processo de doção de órgãos.

No HU a tarefa de sensibilização é realizada pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) e em 2019 alcançou os colaboradores e a comunidade em geral, através de eventos externos. Mas e você, já sabe tudo sobre doação de órgãos? Separamos alguns itens importantes que talvez estejam entre as suas dúvidas e são importantes serem esclarecidos.

1- O que preciso fazer para ser um doador?

De acordo com a legislação brasileira vigente a família decide e precisa autorizar a doação dos órgãos. Portanto, converse com a sua família e deixe claro o seu desejo solidário de se tornar um doador após a morte. Não é necessário deixar a vontade expressa em documentos ou cartórios. Quando for necessário decidir basta que sua família atenda ao seu pedido e autorize a doação de órgãos e tecidos.

2- Posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?

Sem dúvida. O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado por uma Resolução do Conselho Federal de Medicina. O Protocolo de Morte Encefálica envolve duas etapas clínicas e um exame complementar que identifica a parada total e irreversível das atividades do tronco cerebral - estrutura mais nobre do cérebro.

A legislação nacional foi amplamente discutida pela classe médica brasileira e estabelece as regras que são seguidas rigorosamente pelos hospitais. A Central de Transplantes do Estado mantém contato durante os protocolos, orientando e fiscalizando todo o processo.

3- Quais órgãos e tecidos podem ser doados?

Doadores vivos - que desejam e estão aptos a realizá-la sem prejudicar sua própria saúde – poderão doar um dos rins, parte do fígado ou dos pulmões e medula óssea. Doadores falecidos, com morte encefálica comprovada, poderão doar fígado, rins, pulmões, pâncreas, coração, intestino delgado e tecidos. O doador falecido por parada cardíaca pode doar tecidos: córneas, pele, ossos, tendões, vasos sanguíneos etc.

4- Para quem vão os órgãos?

Os órgãos doados serão destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando na lista de espera unificada e informatizada da Central de Transplantes do Estado. Cabe a Central, por meio desse sistema, gerar a lista de receptores compatíveis, podendo ser ofertado à Central Nacional de Transplantes se não existirem no estado do doador.

A posição na lista de espera é definida por critérios técnicos de compatibilidade entre doador e receptor, como sanguínea, antropométrica e até mesmo genética em alguns casos. Além disso, a gravidade do quadro e tempo de espera também serão levados em conta na escolha do receptor.

5- Após a doação, o corpo do doador fica deformado?

Não. A retirada dos órgãos é feita através de procedimento cirúrgico totalmente cuidadoso e após será realizada a recomposição do corpo. O doador poderá ser velado normalmente, conforme o desejo da família.