População recebeu orientação multidisciplinar com diversos profissionais da área da saúde

Por: Jussara Lautenschlãger
jussara@diariopopular.com.br

     Centenas de pessoas participaram da atividade alusiva ao Dia Mundial do Rim, promovida pelo setor de Nefrologia do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) e a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) na manhã de sábado (16), em frente ao chafariz As Três Meninas. Todos receberam orientação multidisciplinar e também tiraram dúvidas sobre doenças renais com diversos profissionais da área da saúde.

    A nefrologista Maristela Bohlke destacou que a finalidade do evento também foi realizar exames como de urina por fita reagente em que é possível identificar a existência de proteína, açucar, sangue ou infecção no material coletado pelo paciente.

   “As pessoas que apresentaram um ou mais destes fatores de risco foram encaminahdas para o ambulatório de Nefrologia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), para investigação do caso clínico”, destacou a nefrologista.

     A doença renal é assintomática, explicou Maristela. A pessoa geralmente não sente nada e quando alguns sinais aparecem, ela já está muito avançada e em muitos casos é preciso dar início a hemodiálise e entrar na fila do transplante.

    Alguns fatores de risco são a hipertensão, a diabete e a obesidade. O alerta é para que as pessoas, em especial com mais de 65 anos procurem um médico e façam anualmente exames  de urina. “A doença ao ser detectada no início pode facilmente ser tratata” alerta a nefrologista.

Outros exames
      Além do exame de urina as pessoas também aferiram a pressão arterial e fizeram avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC). Uma equipe formada por enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e médicos prestaram atendimento à comunidade.

      A assistente social Tânia Wendt, 48, fez os exames e nada foi detectado. Ela contou que há algum tempo estava com os triglicerídios elevados e por isto passou a cuidar melhor da alimentação como também praticar exercícios.

      A iniciativa do HUSFP foi aprovada pela dona-de-casa Tereza Oliveira, 64, que tem pressão alta e é diabética. “Por ter estes problemas estou sempre atenta e faço regularmente exames”, contou Tereza. Conscientização é a palavra que o aposentado José Carlos da Silva, 64, destacou. “As pessoas não cuidam de sua saúde, só procuram um especialista quando estão doentes o que não é nada bom. Por isto estas iniciativas devem ser realizadas mais regularmente”, alertou o aposentado.

    Durante a atividade, também ocorreu a divulgação de informações e a sensibilização para a doação de órgãos. Em março do ano passado, o HUSFP realizou o primeiro transplante de órgãos, uma doação de rim entre vivos. O procedimento durou quatro horas e meia e foi considerado um sucesso.

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