O Brasil enfrenta um grande desafio quando se fala em transplantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2024 cerca de 78 mil pessoas estavam na fila de espera por um órgão. Desse total, mais de 30 mil receberam a chance de um novo começo por meio do transplante, mas outras 47 mil ainda seguem aguardando por essa oportunidade de vida.
O Dia Nacional da Doação de Órgãos, 27 de setembro, reforça a importância da conscientização sobre o tema. Mais do que uma data simbólica, é um convite para que cada pessoa converse com seus familiares sobre o desejo de ser doador. Pois é a partir dessa autorização que vidas podem ser salvas e histórias reescritas. Vale lembrar que um único doador pode salvar até oito vidas.
Apesar dos avanços, a recusa familiar ainda representa um grande obstáculo. No Rio Grande do Sul, por exemplo, cerca de 40% das doações deixam de acontecer por negativa dos parentes. Em 2022, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, 227 casos não se concretizaram devido à falta de autorização das famílias.
Nesse cenário, o Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) se consolida como referência em transplantes. Desde 2012, já realizou mais de 40 procedimentos, sendo o único centro de transplantes da zona sul do estado. A instituição alia tecnologia, qualificação profissional e compromisso social, oferecendo a pacientes a chance de acesso a esse cuidado essencial.
Para o HUSFP, a doação de órgãos é muito mais do que um procedimento médico: é um gesto de amor, solidariedade e esperança. Por isso, a instituição se mantém engajada em ações de conscientização por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que atua na capacitação de profissionais e no fortalecimento da mensagem de que cada doador tem o poder de transformar vidas. Diante disso, no dia 26, a CIHDOTT promoveu uma série de palestras com profissionais da saúde, com o objetivo de apresentar o cenário da doação de órgãos no Brasil e no Rio Grande do Sul, além de responder a questionamentos e reforçar a importância da sensibilização das famílias sobre o tema. Mais do que levar informação, a iniciativa buscou despertar reflexão e incentivar o diálogo dentro dos lares, lembrando que cada conversa pode significar a chance de salvar vidas.
Converse com sua família. Doe órgãos.