Hoje (27), é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, justamente para lembrarmos que um transplante pode salvar vidas. Na semana alusiva ao tema, O Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) teve a sétima captação de órgãos registrada neste ano, ultrapassando o número de doações em 2015.
A paciente de 54 anos, que estava internada na Unidade de Tratamento Intensivo do HUSFP, teve o diagnóstico de morte encefálica confirmado, através de um rigoroso processo de exames clínicos. Após o diagnóstico de morte encefálica da paciente, as enfermeiras da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Sílvia Bizarro e Vivian Kegles, conduziram a entrevista de abordagem com a família, para tratar da possibilidade de doação de órgãos.
Mesmo em um momento tão delicado, a resposta afirmativa da família possibilitou a cirurgia de retirada dos rins e das córneas para doação, podendo salvar até quatro pacientes que estão na fila de espera. Para a enfermeira coordenadora da CIHDOTT, Kelly Macagnan, a atitude da família foi um ato de solidariedade em uma hora de extrema dor.
Para o diagnóstico de morte encefálica, a legislação brasileira torna obrigatória a realização de dois exames clínicos por médicos diferentes (um deles deve ser neurologista), além de um exame complementar de imagem que comprove a ausência de atividade cerebral. Somente após todas essas etapas cumpridas, está confirmado o diagnóstico de morte encefálica. O Brasil possui um dos protocolos de morte encefálica mais rígidos e seguros do mundo.
Neste mês, a equipe da Dra. Maristela Bohlke realizou o quarto transplante renal do ano. O paciente de 36 anos, estava na lista de espera há pouco mais de um ano e recebeu o órgão que veio de Santa Maria/RS, de um doador falecido. Desde 2012, já foram realizados dezesseis transplantes renais no HUSFP.
De acordo com a legislação atual, é a família quem decide e autoriza a doação de órgãos. Para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar à família o desejo de ser um doador.