Nesta semana, o doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), Mário Sérgio Medeiros Pires realizou, junto a sua equipe, um procedimento inédito no Hospital. Durante uma cirurgia de redução de fratura de mandíbula realizada em um senhor de 75 anos de idade, diabético e portador de pontes de safena e marca-passo, foi usado o Plasma Sanguíneo Rico em Plaquetas (PRP). Neste tipo de procedimento, o sangue do paciente é retirado e processado para a produção de plasma rico em plaquetas.
Conforme o Dr. Mario Pires, como o defeito ósseo do paciente era grande, optou-se pela realização do PRP por ser mais rápido e menos invasivo. “Estas plaquetas contém vários fatores de cicatrização óssea, entre outras coisas, que permitem uma aceleração no processo de ossificação da área afetada”, explicou o cirurgião. “Antes deste recurso, éramos obrigados a esperar pelo processo de osteogênese nas áreas fraturadas ou com defeitos, mesmo com a colocação de enxertos”, afirmou.
Com os fatores de crescimento ósseo derivados das plaquetas do PRP, todo o processo cirúrgico e de recuperação é acelerado. Assim, a ossificação, a cicatrização óssea e a reabilitação estética e funcional é otimizada. “Isto qualifica o atendimento prestado pelo HUSFP aos seus usuários, reafirmando-o como referência regional em tratamentos de traumatismos e defeitos de face”, ressaltou Pires, ao informar que o PRP pode ser usado nos mais variados tipos de cirurgias ósseas, desde cirurgias ortopédicas até de coluna ou deformidades ósseas.