Foi realizado, nos dias 27 e 28 de agosto, o Curso de Capacitação de Qualidade e Segurança do Paciente, promovido pela equipe do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) de São Paulo e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Hospital São Francisco de Paula participou dessa iniciativa com uma equipe formada pelo Diretor Técnico do Hospital, Dr.Ernesto Nunes; a Gerente de Risco, Margot Kaminski, e a enfermeira, Barbara Gheno. “Essa iniciativa foi de grande importância, pois, muitas vezes, em eventos de tão alto nível, assuntos relacionados á realidade do dia-a-dia dos hospitais não são tão focados. E isso foi muito bem direcionado neste evento”, explicou o Diretor.

O curso, que teve como público-alvo todos os Hospitais Sentinela do país, teve como objetivo capacitar os Gerentes de Risco para aplicação, em seus hospitais, do tema do curso: Segurança do Paciente. “Foi muito bom termos participado desse curso, pois vimos que todos os hospitais, inclusive os mais modernos, enfrentam os mesmos problemas e dificuldades. Além disso, este ano trabalhamos aqui no Hospital projetos relacionadas à segurança na assistência como o Dia da Lavagem de Mãos, por exemplo, e por isso o curso só veio a acrescentar”, explicou Margot.

Durante o encontro, os representantes dos hospitais foram divididos em turmas e participaram das atividades do curso, que envolveram oficinas de Reconciliação Farmacêutica, Vigilância Sanitária, Manutenções de Equipamentos e Eventos Adversos Graves, realizadas no Centro de Simulação Realísitico do Hospital Israelita Albert Einstein. 
         
Hospitais Sentinelas

A Rede Sentinela identifica, em produtos sob vigilância, problemas que comprometam a qualidade e a segurança do seu uso. Envia às autoridades sanitárias os relatos desses problemas sob a forma de notificação e assim contribui com as ações regulatórias da Anvisa.

No âmbito da Farmacovigilancia, os hospitais sentinelas representam uma estratégia adicional para integrar a monitoração de medicamentos à prática clínica. O envolvimento dos profissionais de saúde com os princípios da farmacovigilância tem grande impacto na qualidade da assistência, tanto nos aspectos relacionados à prescrição, influindo diretamente na prática médica, quanto na dispensação e no uso de medicamentos.

O médico passa a agregar novas referências à avaliação do tratamento a ser prescrito. Os enfermeiros aprendem a relacionar eventos da prática de cuidados ao paciente com os possíveis riscos decorrentes do uso do medicamento. O farmacêutico terá na farmacovigilância uma extensão de sua prática, interagindo com a equipe.
Os hospitais, em geral, contam com a participação de comissões de infecção hospitalar e de serviços de vigilância epidemiológica, integradas com as farmácias hospitalares. A ação conjunta desses serviços pode, em última instância, influenciar o desfecho da terapêutica medicamentosa.

É evidente a importância do desenvolvimento de ações de farmacovigilância, já que a demanda por medicamentos permeia os conceitos associados à saúde e à doença. A necessidade de saúde pode ser confundida com a necessidade por medicamentos, o que impõe vigilância sanitária ainda maior.

Neste sentido, o acompanhamento sistematizado dos medicamentos disponíveis no mercado representa um poderoso instrumento gerencial do risco do seu uso.