Representantes do Hospital Universitário São Francisco de Paula participaram ontem, dia 13 de maio, de uma manifestação que teve como objetivo maior chamar a atenção da comunidade gaúcha e de toda a população a respeito da grave crise que vem sendo enfrentada pelos hospitais filantrópicos, bem como, cobrar junto ao Governo do Estado os repasses atrasados que alcançam, atualmente, somados, mais de R$ 230 milhões.
 
O Dia D Estadual, como foi chamada a atividade ocorreu às 11 horas, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre.Representações de diversos hospitais do estado se fizeram presentes no manifesto. O HUSFP participou com colaboradores portando faixas e cartazes.
 
O ato foi realizado em conjunto pelas 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul, que integram a maior rede hospitalar do Estado em atendimentos SUS, a qual vem trabalhando, desde outubro do ano passado, com atrasos e cortes no seu orçamento. O protesto reuniu centenas de pessoas. A maioria delas veio do interior e as pessoas vestiam roupas escuras, exibindo balões negros, faixas e cartazes.
A cidade de Pelotas esteve representada por vereadores e diretores/colaboradores do Hospital Universitário São Francisco de Paula. Santa Casa de Misericórdia, Hospital Espírita e Sociedade Portuguesa de Beneficência.
A estimativa dos organizadores é de que aproximadamente 4 mil pessoas estiveram presentes na manifestação,
Segundo a Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do RS, que representa 245 estabelecimentos no Estado, se não houver acordo essas unidades vão reduzir o volume de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em quase 9% este ano. Será o equivalente a 4,6 milhões de procedimentos a menos, entre exames diagnósticos, principalmente, ambulatoriais e internações.
“Cada hospital terá que discutir uma redução da assistência”, afirmou  o presidente da Federação, Francisco Ferrer, informando que a crise dos hospitais surgiu a partir da diferença entre o que custam os atendimentos e o que é pago pelo SUS. Após o manifesto de ontem, novas reuniões serão agendadas para discutir a questão.