No dia mundial dedicado ao combate ao câncer de próstata o Hospital Universitário da Católica de Pelotas (HUSFP/UCPel) realizou uma ação focada nos colaboradores da casa de saúde. A neoplasia atinge especificamente homens e fica atrás apenas do câncer de pulmão em número de óbitos. Se descoberta em estágio inicial, a doença tem possibilidade de cura de até 90%.

Estatísticas do Ministério da Saúde demonstram que, entre 2019 e 2021, 47 mil homens perderam a vida após serem acometidos por câncer de próstata. No ano passado foram 16.055 óbitos em razão da doença, o que equivale a um saldo de 44 mortes por dia.

Organizada pela Gestão de Pessoas do HUSFP, com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a ação ofertou cortes de cabelo e de barba, juntamente com orientações sobre a doença, fornecidas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) do HUSFP/UCPel.

A enfermeira do Trabalho, Rachel Damasceno Leite, explicou que é preciso ficar atento aos sintomas, independentemente de idade. Sensação de que a bexiga não esvaziou completamente, dificuldades de urinar, gotas ou jatos sucessivos e sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis além de dores lombares, na bacia ou nos joelhos são alguns dos sinais de alerta. O preconceito em relação ao exame de toque também precisa ser superado, em nome da proteção à saúde.

O professor do Senac, Wagner Mendes, ressaltou a importância da atividade. “Não se trata de apenas cuidar da estética, mas da saúde também. Já vi casos dessa doença na minha família e sei que a prevenção tem que começar desde cedo”, destacou. Envolvido em diversas ações sociais, Mendes relatou que sempre faz questão de participar desse tipo de iniciativa. “Nem tudo tem valor financeiro. Sempre friso aos nossos alunos o quanto ajudar aos outros nos faz bem”.

O porteiro Sérgio Renato Leão, 65 anos, acompanhou atento à palestra com orientações sobre a doença. Enquanto aproveitava para cortar o cabelo fez perguntas e esclareceu dúvidas a respeito de como se cuidar. “É importante ouvir para o esclarecimento sobre os riscos que se corre, caso não sejam seguidas as orientações”, opinou.

A atividade contou com a participação de aproximadamente 15 colaboradores. “Falar a respeito da saúde do homem no Novembro Azul foi uma ação desafiadora, mas muito gratificante. Não apenas com essa atividade específica, mas com várias outras estamos imprimindo cada mais vez o nosso papel, que é o de cuidado”, opinou a Supervisora da Gestão de Pessoas do HUSFP, Dábila Larissa Alves.