Após um mês de funcionamento, o programa de Acolhimento com Classificação de Risco, implantado pelo Pronto Socorro de Pelotas (PSP) no dia 02 de agosto, já apresenta uma série de resultados que demonstram: a maior demanda do local foge do objetivo principal que é prestar assistência aos casos de urgência e emergência.

Em 31 dias, o programa acolheu mais de cinco mil pacientes. Destes, cerca de 70% foram classificados como verdes e azuis e o restante como urgência e emergência. Prova de que hoje a principal necessidade do município é o investimento em novas unidades de saúde que absorvem a demanda gerada pelos casos de média e baixa complexidade. 

Conforme o gerente de serviços assistenciais do Pronto Socorro, o enfermeiro Alberto Brum, é preciso realizar um trabalho de educação junto à população no que se refere à capacidade assistencial da saúde no município. “A população precisa compreender a finalidade e a vocação do PSP que é o atendimento de situações de urgência e emergência”, afirmou, pedindo que a população, a não ser em casos de urgência e emergência, procure atendimento primeiro nas UBSs. 

Com a implantação do novo serviço, todo o paciente que chega ao PSP é recepcionado por uma equipe de enfermagem, que verifica o atual estado de saúde e especifica a gravidade do caso. A cor vermelha determina o atendimento de emergência, a amarela aponta para os casos de urgência, a verde sugere pronto atendimento e a azul classifica os casos de atenção básica.  “Agora temos uma ideia do perfil das pessoas que procuram o PSP e já começamos a encaminhar os pacientes classificados como azuis para as UBSs”, revelou.

Ubai

Quanto ao reforço proporcionado pela inauguração da Unidade Básica de Atendimento Imediato (Ubai) Navegantes há pouco mais de 15 dias, o diretor geral da Instituição, Dr. Ernesto Sousa Nunes, diz que ainda não deu tempo de perceber a queda no movimento de pacientes que recorrem ao PSP, mas acredita que a existência de mais um local para consultas, ao passar dos dias, pode sim fazer a diferença.