O evento é direcionado aos profissionais da saúde do município que serão envolvidos no novo sistema de atendimento, cujo inicio está previsto para breve.
Na sexta-feira (23), o Pronto Socorro de Pelotas (PSP), em parceria com as Universidades Católica e Federal de Pelotas, o Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promove um seminário sobre o novo programa de Acolhimento com Classificação de Risco, que em breve será adotado pelo PSP.
O objetivo é explicar aos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e das Universidades, de que forma o novo programa irá funcionar no município, destacando a necessidade da realização de um trabalho integrado entre todas as partes envolvidas.
Conforme explicação do gerente de Assistência do Pronto Socorro, enfermeiro Alberto Brum, o envolvimento dos serviços de saúde da região será muito importante para o sucesso do programa. “Precisamos padronizar os protocolos utilizados no acolhimento para que os encaminhamentos ao PS sejam coerentes com o novo modelo de atendimento proposto”, disse. O seminário será realizado nos três turnos para permitir a participação de todos os servidores da saúde integrados ao novo programa.
O gerente explica ainda que o inicialmente o novo sistema terá por objetivo reorganizar o fluxo de atendimento dos pacientes no PSP que passarão a ser atendidos de acordo com a gravidade do caso e não mais por ordem de chegada. “Também pretendemos identificar o perfil de nossa demanda com vistas a reencaminhar os pacientes identificados como não sendo situações de urgência e emergência para as UBSs, ambulatórios e pronto-atendimentos”, afirmou Brum.
Acolhimento
Segundo a professora da faculdade de Enfermagem da UFPel, a enfermeira Daiane Dal Pai, a partir da implementação do novo programa, ao chegarem no PSP, os pacientes serão acolhidos por uma equipe de enfermagem que irá ouvir suas queixas principais e classificá-los para o atendimento de acordo com a gravidade da situação, através de um sistema de cores e protocolos clínicos pré-estabelecidos. “Assim, queremos dar maior agilidade no atendimento das situações em que há maior risco de morte que, por vezes, ficam "escondidas" em meio às filas de espera que, tradicionalmente, priorizam a ordem de chegada”, informou.
Classificação por cores
De acordo com o secretário da Saúde, Francisco Isaías, o protocolo do novo programa tem quatro níveis de emergência e gravidade, baseado no Protocolo de Manchester, já que a adoção do critério de ordem de chegada não garante o atendimento prioritário a quem está em situação mais grave. Assim será feita a capacitação do corpo de enfermagem para avaliação pré-consulta. Isaías diz que o objetivo é racionalizar a utilização do PS e fazer com que a população entenda que a prioridade tem que ser das situações mais graves que precisam de atendimento de emergência.
As classificações utilizadas serão vermelho, amarelo, verde e azul. Os pacientes classificados como vermelho são os de maior urgência e deverão ser atendidos de imediato. Como amarelo, serão classificados aqueles que precisam ser atendidos o mais rápido possível, mas podem aguardar alguns minutos. Já os pacientes classificados como verde poderão aguardar atendimento e os classificados como azul deverão ser reencaminhados para as UBSs de origem com garantia de atendimento.