Todos os anos, com o intuito de sensibilizar profissionais da saúde e a sociedade a respeito da prevenção e do tratamento das lesões, que atingem principalmente pacientes hospitalizados com longa permanência, ocorre Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão. No Hospital São Francisco de Paula (HUSFP), o 20 de novembro é marcado pelo reforço do tema junto às equipes de assistência.

Com o slogan “Mude de lado: Stop Lesão por pressão”, a atividade foi realizada no modelo híbrido. Além de palestra nas unidades, incluiu um treinamento online com atualizações relativas ao tema. A iniciativa foi conduzida em parceria entre os enfermeiros Raquel Reis, da Gerência de Risco e Felipe Ferreira da Silva, da UTI.

Além dos folders explicativos, foram distribuídos para unidades da clínica médica e UTI salvapes (um tipo de bota protetora de calcanhares para pacientes acamados). As peças foram confeccionadas com colchão “casca de ovo", doados pela lavanderia e que não serviriam mais para as camas. Conforme lembra Raquel, a prevenção das lesões é uma das seis metas de segurança do paciente.

Causas

A lesão por pressão já foi chamada de escara, úlcera de decúbito e úlcera de pressão, depois úlcera por pressão. O nome atual é lesão por pressão, pois nem todas têm a aparência de uma ferida (úlcera).

O problema, que pode e deve ser evitado, ocorre devido à pressão continua em uma área com proeminência óssea, ou a fricção repetida e/ou umidade. O local mais frequente para o seu desenvolvimento é na região sacra (acima do cóccix), calcâneo, nádegas, trocânteres (proeminências ósseas da parte superior do fémur), cotovelos e tronco. E essas feridas podem ser tanto superficiais, quanto mais profundas chegando, inclusive, a comprometer músculos, ossos e até órgãos, se não tratadas corretamente.

A principal medida preventiva é a mudança de posição, cuja frequência deverá estar de acordo com as condições gerais do paciente, da sua pele e do ambiente em que ele se encontra.